Clima

Temas Materiais

Eficiência energética: (Indicadores GRI: 302-1, 302-2, 302-3, 302-4, 302-5)

Utilização eficiente de energia, priorizando a proveniente de fontes limpas (renováveis).

Mudanças climáticas: (Indicadores GRI: 201-2, 305-1, 305-2, 305-3, 305-4, 305-5)

Planejamento, políticas e ações para mitigação de emissões, estabelecimento de uma produção de baixo carbono e adaptação ao cenário de um planeta com temperatura média mais alta.

GRI 3-3(302) Gestão do tópico material Energia

A Bracell tem autossuficiência de energia. A caldeira de recuperação produz o vapor que alimenta os turbogeradores para a produção de energia. Isso ocorre tanto na fábrica da Bahia como na de São Paulo. A Companhia utiliza a energia da rede elétrica nacional apenas em momentos pontuais, como os períodos de parada geral das fábricas para manutenção, na área florestal e viveiros. Outros combustíveis são utilizados em máquinas para geração de energia nas operações de campo.

As novas linhas flexíveis de Lençóis Paulista (SP) também têm a caldeira de biomassa que utiliza resíduos do próprio eucalipto e outras substâncias originadas no processo produtivo da celulose solúvel, incluindo licor negro, para gerar energia renovável. Elas foram desenvolvidas para operar sem consumir combustíveis fósseis e para gerar energia limpa para o mercado brasileiro. A SE 440kV tem capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para atender a fábrica e vender no grid nacional um excedente de energia na ordem de 150 a 180 MW, energia verde e de qualidade, capaz de atender 750 mil residências ou cerca de três milhões de pessoas.

A redução da intensidade energética, o uso eficiente de energia e o investimento em uma matriz energética de baixo carbono são iniciativas realizadas pela Bracell para reduzir emissões.

Em ambos os sites industriais da Bracell, na Bahia e em São Paulo, equipes especializadas se dedicam a criar estratégias para reduzir o consumo de energia, conscientizar os usuários e otimizar custos. O site de São Paulo dispõe da Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE) que atua com o objetivo de proporcionar ganho de eficiência energética nos processos industriais.

Em relação à energia gerada, em São Paulo, a operação industrial produziu 219.454 MWh (Linha 01) e 306.135 MWh (Linha 02), provenientes das caldeiras de recuperação e da caldeira de leito fluidizado.

Em 2021, o total da energia consumida pela Bracell foi 3.475.952,06 GJ. O aumento se deve ao fato de a Bracell estar em processo de expansão, com a entrada em operação das duas novas linhas flexíveis no site em Lençóis Paulista (SP) e ampliação da produção de celulose.

Largest and Greenest: as duas novas linhas flexíveis da fábrica de Lençóis Paulista, que começaram a operar em 2021, fazem da Bracell a empresa com maior capacidade instalada para produzir celulose solúvel no mundo.

Um estudo conduzido por terceira parte independente, a pedido da Bracell, indicou que a fábrica de Lençóis Paulista está em conformidade com as mais relevantes e melhores tecnologias disponíveis, tendo como referência o documento “Best Available Techniques (BAT) Reference Document for the Production of Pulp, Paper and Board, 2015”, adotado pela Comissão Europeia. A revisão foi realizada conciliando as diversas conclusões BAT com a situação futura projetada das novas linhas da fábrica, em sua operação normal.

Consulte o infográfico com os diferenciais das duas novas linhas flexíveis da Bracell em Lençóis Paulista (SP) no link a seguir: Projeto Star.

GRI 302-1 Consumo de energia dentro da organização

Histórico do consumo de energia dentro da organização¹ (GJ)

¹ Em 2020, a Bracell relatou o seu consumo de energia em MWh e, a partir deste reporte, optou por apresentar os valores em GJ, padrão adotado com maior frequência para o reporte desse conteúdo GRI.

GRI 302-2 Consumo de energia fora da organização

A Bracell é uma empresa fundada em 2019¹, que está investindo na expansão de suas operações e, por esse motivo, não dispõe da totalidade dos dados de consumo de energia fora da organização, em 2021. A Companhia iniciou a operação das duas novas linhas flexíveis do site de Lençóis Paulista (SP) recentemente, com partida realizada em setembro, portanto ainda está em processo de construção do baseline referente ao porte atual de suas operações. A gestão do consumo de energia e o monitoramento de riscos e potenciais impactos nas mudanças climáticas são temas estratégicos para a Bracell que os gerencia como parte da sua Estratégia de Sustentabilidade (leia mais no tópico Estratégia de Sustentabilidade, no conteúdo GRI 3-2).

Nota

1. A Bracell é uma empresa brasileira – fundada em abril de 2019, com operações na Bahia, Mato Grosso do Sul e São Paulo –, membro da Royal Golden Eagle (RGE), holding com operações globais, sediada em Singapura, que conta com um grupo de empresas voltadas para a transformação de recursos naturais.

As operações do Grupo RGE (Royal Golden Eagle) no Brasil iniciaram em 2003, com a aquisição da BSC (Bahia Specialty Cellulose) e da Copener Florestal, na Bahia. Em agosto de 2018, a atuação da empresa foi ampliada com a aquisição da Lwarcel Celulose, em São Paulo.

GRI 302-3 Intensidade energética

Este conteúdo GRI não será relatado, pois as informações não estão disponíveis. Em função do processo de crescimento que tem vivido nos últimos anos, a Bracell entende que a base de cálculo para a intensidade energética ainda não está estabilizada e não representaria a realidade da pegada energética da Companhia.

GRI 302-4 Redução do consumo de energia

A Bracell está investindo na expansão de suas operações, por este motivo, não houve redução no consumo de energia em 2021 em comparação ao consumo de energia em 2019 e 2018.

GRI 302-5 Reduções nos requisitos energéticos de produtos e serviços

A Bracell está investindo na expansão de suas operações, por este motivo, não houve redução no consumo de energia em 2021 em comparação ao consumo de energia em 2019 e 2018.

GRI 201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades decorrentes de mudanças climáticas

A Bracell analisa riscos e oportunidades decorrentes das mudanças climáticas no planejamento estratégico do negócio e endereça medidas para assegurar a perenidade da Companhia no médio e no longo prazo, bem como a sustentabilidade de suas operações e atividades. É parte da Estratégia de Sustentabilidade o pilar Clima, cujo escopo monitora esses e outros temas materiais.

As novas linhas flexíveis de Lençóis Paulista (SP) também têm a caldeira de biomassa que utiliza resíduos do próprio eucalipto e outras substâncias originadas no processo produtivo da celulose solúvel, incluindo licor negro, para gerar energia renovável. Elas foram desenvolvidas para operar sem consumir combustíveis fósseis e para gerar energia limpa para o mercado brasileiro. A SE 440kV tem capacidade instalada de transformação de 409 MVA, suficientes para atender a fábrica e vender no grid nacional um excedente de energia na ordem de 150 a 180 MW, energia verde e de qualidade, capaz de atender 750 mil residências ou cerca de três milhões de pessoas.

Em 2021, a Bracell vendeu o total de 107.605,63 GJ de energia, gerados nas suas duas fábricas, localizadas em São Paulo e na Bahia (leia mais no conteúdo GRI 302-1).

GRI 3-3 (305) Gestão do tópico material Emissões

A Bracell compreende que reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), aumentar o percentual de energia renovável em sua matriz energética, desenvolver soluções operacionais a partir da lógica da bioeconomia circular, além de preservar a biodiversidade, são focos de ação importantes para o combate às mudanças climáticas.

Por esse motivo, as diretrizes de gestão do tema estão em conformidade ao Acordo de Paris que, entre outras disposições, estabelece como necessidade prioritária a adoção de medidas que mantenham o aumento da temperatura média global “bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, e envidar esforços para limitar esse aumento da temperatura a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e os impactos da mudança do clima”.

Anualmente, a Bracell realiza o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a metodologia do GHG Protocol e do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. A partir dessa análise, são desenvolvidos planos voltados para a redução das emissões.

Em 2021, a Bracell realizou seu primeiro inventário de carbono envolvendo no estudo, conjuntamente, suas duas operações – Bahia e São Paulo. Em 2020, 0 mesmo estudo foi realizado separadamente. No inventário de carbono, foram contabilizadas as emissões de Escopos 1,2 e 3, com suas fontes e respectivas quantidades, além das remoções de carbono.

No ano, o balanço de carbono da Bracell foi de -5.334.303 tCO₂e, o que significa que a empresa contribui de forma positiva para o clima por remover mais carbono da atmosfera do que emitir, por meio de sua operação.

Adicionalmente, em 2021, as áreas de floresta plantada e nativa da Bracell somaram um estoque de carbono de 59.382.177 tCO₂e (42.674.511 tCO₂e de áreas de florestas plantadas e 16.707.665 tCO₂e de áreas de vegetação nativa). Com isso, a Companhia também contribui para a redução da concentração do carbono na atmosfera, outro impacto positivo para o clima. Mais uma contribuição além do balanço de carbono da Bracell. Veja mais detalhes nos conteúdos GRI 305, a seguir.

De forma análoga à metodologia do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 considera a variação dos estoques de carbono florestal em um dado período de tempo como emissões ou remoções biogênicas do uso do solo. No decorrer do ano de 2021, as variações dos estoques de carbono da Bracell – já incluindo os ganhos por crescimento das florestas plantadas e vegetação nativa, menos as perdas por colheita nas florestas plantadas – resultaram em remoções de carbono da atmosfera, ou seja, os estoques de carbono florestal aumentaram em um ano.

As emissões biogênicas não associadas aos estoques de carbono florestal da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1 – 2.352.640,368 tCO2e), emissões do gás CO₂ de focos de incêndio (Escopo 1 – 149.723,599 tCO2e) e combustíveis renováveis no Escopo 3 (8.368,768 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021, no estado de São Paulo, tanto em áreas de floresta plantada, quanto em áreas de floresta nativa, gerando emissões de CH4 e N2O na categoria de mudança no uso da terra, mesmo sabendo que as áreas após o incêndio não foram convertidas para outros usos do solo. Na Bahia, não houve nenhum tipo de alteração de uso de solo. É importante ressaltar que a Bracell não realiza desflorestamento e planta eucalipto apenas em áreas antropizadas.

GRI 305-1 Emissões diretas (Escopo 1) de gases de efeito estufa (GEE)

Anualmente, a Bracell realiza o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a metodologia do GHG Protocol e do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. A partir dessa análise, são desenvolvidos planos voltados para a redução das emissões.

O inventário da Companhia apresenta os dados de emissões diretas (Escopo 1), indiretas (Escopos 2 e 3) e biogênicas das duas unidades, Bahia e São Paulo.

Em 2021, as emissões de Escopo 1 cresceram 7,7% em relação a 2020, devido ao aumento de produção e consequente aumento do consumo de materiais. Esse crescimento, no entanto, foi inferior ao das remoções de CO2, de 34,2%.

De forma análoga à metodologia do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 considera a variação dos estoques de carbono florestal em um dado período de tempo como emissões ou remoções biogênicas do uso do solo. No decorrer do ano de 2021, as variações dos estoques de carbono da Bracell – já incluindo os ganhos por crescimento das florestas plantadas e vegetação nativa, menos as perdas por colheita nas florestas plantadas – resultaram em remoções de carbono da atmosfera, ou seja, os estoques de carbono florestal aumentaram em um ano.

As emissões biogênicas não associadas aos estoques de carbono florestal da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1 – 2.352.640,368 tCO2e), emissões do gás CO₂ de focos de incêndio (Escopo 1 – 149.723,599 tCO2e) e combustíveis renováveis no Escopo 3 (8.368,768 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021, no estado de São Paulo, tanto em áreas de floresta plantada, quanto em áreas de floresta nativa, gerando emissões de CH4 e N2O na categoria de mudança no uso da terra, mesmo sabendo que as áreas após o incêndio não foram convertidas para outros usos do solo. Na Bahia, não houve nenhum tipo de alteração de uso de solo. É importante ressaltar que a Bracell não realiza desflorestamento e planta eucalipto apenas em áreas antropizadas.

Em relação às emissões de Escopo 2, decorrentes do consumo de energia elétrica, os valores consideram o fator de emissão do grid brasileiro, que aumentou em 2021, em função do maior uso de energia gerada em usinas termoelétricas neste período.

Já as emissões de Escopo 3 consideram atividades realizadas por empresas terceiras e são classificados em: TD Downstream-Móvel quilômetro rodado; TD Downstream -Porto a Porto; Bens e Serviços comprados-Móvel TKM; Bens e Serviços comprados-Móvel quilômetro rodado; Bens e Serviços comprados-Móvel combustível; Fábrica-Porto-Móvel quilômetro rodado; Viagens aéreas; Tratamento de Resíduos; e Tratamento de Efluentes. Nas operações de São Paulo, o maior volume de emissões ocorreu por conta da navegação porto a porto. Ainda que o transporte de navio seja um modal com menor volume de emissão em comparação a outros modais, as distâncias são intercontinentais, portanto, significativas. Na Bahia, as emissões de Escopo 3 são principalmente provenientes das movimentações de produto acabado (Porto a Porto e Bens e serviços comprados).

Quando se trata de emissões biogênicas, são incluídos no cálculo os consumos das diversas fontes de geração de energia. Para cada um dos insumos, há fatores de conversão em emissões publicados anualmente pelo Programa GHG Protocol. A maioria das fontes de emissão da Bracell é estacionária, pois está ligada ao processo produtivo de celulose nas fábricas da Bahia e de São Paulo. Como grande parte da energia consumida nelas é de fonte renovável, o volume de emissões é reduzido.

Em relação aos dados do inventário de emissões de GEE de 2021, é importante destacar que a produção da Bracell na Bahia está orientada exclusivamente para celulose solúvel (Dissolving Pulp), cujo consumo energético específico é maior que a celulose Kraft, produzida na fábrica de São Paulo. Nessas condições, o KPI de emissões de GHG em tCO2eq/t da Companhia, tanto para dissolving (BA), quanto para kraft (SP), evidenciam que a Bracell tem performance de excelência em comparação a empresas dos dois segmentos.

Balanço de Carbono^{1, 2}

GRI 305-1, 305-2, 305-3

¹ O cálculo do Balanço considera – Escopo 1 + Escopo 2 + Escopo 3.

^² Em conformidade com os parâmetros do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 não considera as emissões biogênicas relacionadas ao ciclo natural do carbono. Os valores de emissões biogênicas totais da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1: 2.352.640 tCO2e), focos de incêndios (Escopo 1: 149.724 tCO2e) e Escopo 3 (8.369 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021 no estado de São Paulo.

Prevenção e combate a incêndios

A Bracell desenvolve iniciativas com foco na prevenção e no combate a incêndios. Nas operações de São Paulo, em 2021, uma importante reestruturação da governança do tema foi iniciada, com o objetivo de alinhar as práticas com as que já estão em pleno funcionamento na Bahia. Também houve investimentos significativos em tecnologia. A partir do segundo semestre de 2022, a Companhia iniciará a operação do sistema de detecção por imagens na área total monitorada, sem distinção para áreas de difícil acesso. A principal vantagem será a rapidez na identificação do foco e a agilidade no início do combate. Uma iniciativa de destaque é o programa Amigos da Floresta, voltado à prevenção e ao combate de incêndios florestais que tem como principais causas o vandalismo e a falta de capacitação de produtores rurais para lidar com as técnicas de queimadas.

GRI 305-2 Emissões indiretas (Escopo 2) de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia

Anualmente, a Bracell realiza o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a metodologia do GHG Protocol e do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. A partir dessa análise, são desenvolvidos planos voltados para a redução das emissões.

O inventário da Companhia apresenta os dados de emissões diretas (Escopo 1), indiretas (Escopos 2 e 3) e biogênicas das duas unidades, Bahia e São Paulo.

Em 2021, as emissões de Escopo 1 cresceram 7,7% em relação a 2020, devido ao aumento de produção e consequente aumento do consumo de materiais. Esse crescimento, no entanto, foi inferior ao das remoções de CO2, de 34,2%.

De forma análoga à metodologia do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 considera a variação dos estoques de carbono florestal em um dado período de tempo como emissões ou remoções biogênicas do uso do solo. No decorrer do ano de 2021, as variações dos estoques de carbono da Bracell – já incluindo os ganhos por crescimento das florestas plantadas e vegetação nativa, menos as perdas por colheita nas florestas plantadas – resultaram em remoções de carbono da atmosfera, ou seja, os estoques de carbono florestal aumentaram em um ano.

As emissões biogênicas não associadas aos estoques de carbono florestal da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1 – 2.352.640,368 tCO2e), emissões do gás CO₂ de focos de incêndio (Escopo 1 – 149.723,599 tCO2e) e combustíveis renováveis no Escopo 3 (8.368,768 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021, no estado de São Paulo, tanto em áreas de floresta plantada, quanto em áreas de floresta nativa, gerando emissões de CH4 e N2O na categoria de mudança no uso da terra, mesmo sabendo que as áreas após o incêndio não foram convertidas para outros usos do solo. Na Bahia, não houve nenhum tipo de alteração de uso de solo. É importante ressaltar que a Bracell não realiza desflorestamento e planta eucalipto apenas em áreas antropizadas.

Em relação às emissões de Escopo 2, decorrentes do consumo de energia elétrica, os valores consideram o fator de emissão do grid brasileiro, que aumentou em 2021, em função do maior uso de energia gerada em usinas termoelétricas neste período.

Já as emissões de Escopo 3 consideram atividades realizadas por empresas terceiras e são classificados em: TD Downstream-Móvel quilômetro rodado; TD Downstream -Porto a Porto; Bens e Serviços comprados-Móvel TKM; Bens e Serviços comprados-Móvel quilômetro rodado; Bens e Serviços comprados-Móvel combustível; Fábrica-Porto-Móvel quilômetro rodado; Viagens aéreas; Tratamento de Resíduos; e Tratamento de Efluentes. Nas operações de São Paulo, o maior volume de emissões ocorreu por conta da navegação porto a porto. Ainda que o transporte de navio seja um modal com menor volume de emissão em comparação a outros modais, as distâncias são intercontinentais, portanto, significativas. Na Bahia, as emissões de Escopo 3 são principalmente provenientes das movimentações de produto acabado (Porto a Porto e Bens e serviços comprados).

Quando se trata de emissões biogênicas, são incluídos no cálculo os consumos das diversas fontes de geração de energia. Para cada um dos insumos, há fatores de conversão em emissões publicados anualmente pelo Programa GHG Protocol. A maioria das fontes de emissão da Bracell é estacionária, pois está ligada ao processo produtivo de celulose nas fábricas da Bahia e de São Paulo. Como grande parte da energia consumida nelas é de fonte renovável, o volume de emissões é reduzido.

Em relação aos dados do inventário de emissões de GEE de 2021, é importante destacar que a produção da Bracell na Bahia está orientada exclusivamente para celulose solúvel (Dissolving Pulp), cujo consumo energético específico é maior que a celulose Kraft, produzida na fábrica de São Paulo. Nessas condições, o KPI de emissões de GHG em tCO2eq/t da Companhia, tanto para dissolving (BA), quanto para kraft (SP), evidenciam que a Bracell tem performance de excelência em comparação a empresas dos dois segmentos.

Balanço de Carbono^{1, 2}

GRI 305-1, 305-2, 305-3

¹ O cálculo do Balanço considera – Escopo 1 + Escopo 2 + Escopo 3.

^² Em conformidade com os parâmetros do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 não considera as emissões biogênicas relacionadas ao ciclo natural do carbono. Os valores de emissões biogênicas totais da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1: 2.352.640 tCO2e), focos de incêndios (Escopo 1: 149.724 tCO2e) e Escopo 3 (8.369 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021 no estado de São Paulo.

Prevenção e combate a incêndios

A Bracell desenvolve iniciativas com foco na prevenção e no combate a incêndios. Nas operações de São Paulo, em 2021, uma importante reestruturação da governança do tema foi iniciada, com o objetivo de alinhar as práticas com as que já estão em pleno funcionamento na Bahia. Também houve investimentos significativos em tecnologia. A partir do segundo semestre de 2022, a Companhia iniciará a operação do sistema de detecção por imagens na área total monitorada, sem distinção para áreas de difícil acesso. A principal vantagem será a rapidez na identificação do foco e a agilidade no início do combate. Uma iniciativa de destaque é o programa Amigos da Floresta, voltado à prevenção e ao combate de incêndios florestais que tem como principais causas o vandalismo e a falta de capacitação de produtores rurais para lidar com as técnicas de queimadas.

GRI 305-3 Outras emissões indiretas (Escopo 3) de gases de efeito estufa (GEE)

Anualmente, a Bracell realiza o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a metodologia do GHG Protocol e do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. A partir dessa análise, são desenvolvidos planos voltados para a redução das emissões.

O inventário da Companhia apresenta os dados de emissões diretas (Escopo 1), indiretas (Escopos 2 e 3) e biogênicas das duas unidades, Bahia e São Paulo.

Em 2021, as emissões de Escopo 1 cresceram 7,7% em relação a 2020, devido ao aumento de produção e consequente aumento do consumo de materiais. Esse crescimento, no entanto, foi inferior ao das remoções de CO2, de 34,2%.

De forma análoga à metodologia do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 considera a variação dos estoques de carbono florestal em um dado período de tempo como emissões ou remoções biogênicas do uso do solo. No decorrer do ano de 2021, as variações dos estoques de carbono da Bracell – já incluindo os ganhos por crescimento das florestas plantadas e vegetação nativa, menos as perdas por colheita nas florestas plantadas – resultaram em remoções de carbono da atmosfera, ou seja, os estoques de carbono florestal aumentaram em um ano.

As emissões biogênicas não associadas aos estoques de carbono florestal da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1 – 2.352.640,368 tCO2e), emissões do gás CO₂ de focos de incêndio (Escopo 1 – 149.723,599 tCO2e) e combustíveis renováveis no Escopo 3 (8.368,768 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021, no estado de São Paulo, tanto em áreas de floresta plantada, quanto em áreas de floresta nativa, gerando emissões de CH4 e N2O na categoria de mudança no uso da terra, mesmo sabendo que as áreas após o incêndio não foram convertidas para outros usos do solo. Na Bahia, não houve nenhum tipo de alteração de uso de solo. É importante ressaltar que a Bracell não realiza desflorestamento e planta eucalipto apenas em áreas antropizadas.

Em relação às emissões de Escopo 2, decorrentes do consumo de energia elétrica, os valores consideram o fator de emissão do grid brasileiro, que aumentou em 2021, em função do maior uso de energia gerada em usinas termoelétricas neste período.

Já as emissões de Escopo 3 consideram atividades realizadas por empresas terceiras e são classificados em: TD Downstream-Móvel quilômetro rodado; TD Downstream -Porto a Porto; Bens e Serviços comprados-Móvel TKM; Bens e Serviços comprados-Móvel quilômetro rodado; Bens e Serviços comprados-Móvel combustível; Fábrica-Porto-Móvel quilômetro rodado; Viagens aéreas; Tratamento de Resíduos; e Tratamento de Efluentes. Nas operações de São Paulo, o maior volume de emissões ocorreu por conta da navegação porto a porto. Ainda que o transporte de navio seja um modal com menor volume de emissão em comparação a outros modais, as distâncias são intercontinentais, portanto, significativas. Na Bahia, as emissões de Escopo 3 são principalmente provenientes das movimentações de produto acabado (Porto a Porto e Bens e serviços comprados).

Quando se trata de emissões biogênicas, são incluídos no cálculo os consumos das diversas fontes de geração de energia. Para cada um dos insumos, há fatores de conversão em emissões publicados anualmente pelo Programa GHG Protocol. A maioria das fontes de emissão da Bracell é estacionária, pois está ligada ao processo produtivo de celulose nas fábricas da Bahia e de São Paulo. Como grande parte da energia consumida nelas é de fonte renovável, o volume de emissões é reduzido.

Em relação aos dados do inventário de emissões de GEE de 2021, é importante destacar que a produção da Bracell na Bahia está orientada exclusivamente para celulose solúvel (Dissolving Pulp), cujo consumo energético específico é maior que a celulose Kraft, produzida na fábrica de São Paulo. Nessas condições, o KPI de emissões de GHG em tCO2eq/t da Companhia, tanto para dissolving (BA), quanto para kraft (SP), evidenciam que a Bracell tem performance de excelência em comparação a empresas dos dois segmentos.

Balanço de Carbono^{1, 2}

GRI 305-1, 305-2, 305-3

¹ O cálculo do Balanço considera – Escopo 1 + Escopo 2 + Escopo 3.

^² Em conformidade com os parâmetros do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Escopo 1 não considera as emissões biogênicas relacionadas ao ciclo natural do carbono. Os valores de emissões biogênicas totais da Bracell correspondem ao uso de energia de fonte renovável (Escopo 1: 2.352.640 tCO2e), focos de incêndios (Escopo 1: 149.724 tCO2e) e Escopo 3 (8.369 tCO2e). Os incêndios ocorreram, principalmente, devido ao período de seca, de maior intensidade em 2021 no estado de São Paulo.

Prevenção e combate a incêndios

A Bracell desenvolve iniciativas com foco na prevenção e no combate a incêndios. Nas operações de São Paulo, em 2021, uma importante reestruturação da governança do tema foi iniciada, com o objetivo de alinhar as práticas com as que já estão em pleno funcionamento na Bahia. Também houve investimentos significativos em tecnologia. A partir do segundo semestre de 2022, a Companhia iniciará a operação do sistema de detecção por imagens na área total monitorada, sem distinção para áreas de difícil acesso. A principal vantagem será a rapidez na identificação do foco e a agilidade no início do combate. Uma iniciativa de destaque é o programa Amigos da Floresta, voltado à prevenção e ao combate de incêndios florestais que tem como principais causas o vandalismo e a falta de capacitação de produtores rurais para lidar com as técnicas de queimadas.

GRI 305-4 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)

A intensidade de emissões de GEE, em 2021, foi de 0,49 tCO₂e/t. O valor considera o total de emissões no ano e o volume de tonelada produzida no mesmo período.

GRI 305-5 Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)

A Bracell está em processo de expansão e iniciou a operação de partida das duas novas linhas flexíveis do site industrial de Lençóis Paulista (SP), construídas no Projeto Star, em setembro de 2021. Por esse motivo, assim como houve o aumento da energia consumida no ano (leia mais no conteúdo 302-1), houve aumento no volume de emissões de gases de efeito estufa (GEE), apresentados nos conteúdos GRI 305-1, 305-2 e 305-3.

Em 2021, as emissões totais da Bracell foram de +636.549 tCO2e, com remoções biogênicas (Escopo 1) de -5.970.852 tCO2e. Embora tenha havido aumento no volume de emissões de GEE, o balanço de carbono da Companhia foi de -5.334.303 tCO₂e, o que significa que a empresa contribuiu de forma positiva para o clima por remover mais carbono da atmosfera do que emitir, por meio de sua operação.

Adicionalmente, em 2021, as áreas de floresta plantada e nativa da Bracell somam um estoque de carbono de 59.382.177 tCO₂e (42.674.511 tCO₂e de áreas de florestas plantadas e 16.707.665 tCO₂e de áreas de vegetação nativa), ou seja, a Companhia também contribui para a redução da concentração do carbono na atmosfera, outro impacto positivo para o clima.